22 maio, 2015

NÃO DA MAIS PARA AGUENTAR


Mulambada,

São alguns anos que acompanho o Maior de Todos. Precisamente desde 8, quando meu finado pai me levava ao Maracanã para assistir não só aos jogos do Flamengo como do América, Vasco, Fluminense e Botafogo. Não foram raras às vezes em que chegávamos cedo para a preliminar entre outros menores. Ele gostava de futebol e queria me passar esse vício.

Eu adorava. Nas idas conversávamos sobre as perspectivas, dos jogadores que eu ia ver e da festa da torcida. Na volta a resenha era sobre tudo o que havia acontecido. Algumas vezes ele me levou ao vestiário outras ao gramado. Ele era jornalista, tinha suas prerrogativas.

Íamos uma vez por ano a São Paulo visitar parentes e lá o Pacaembu era nosso destino nos sábados ou domingos, na maioria das vezes para ver o Corinthians de Rivelino, time do meu primo. Foi assim que me simpatizei por essa agremiação, mas as últimas que culminaram com a “aquisição” do Itaquerão me deixaram com nojo.

Foi assim até me tornar independente e começar fazer esse programa com amigos. Meu pai tinha o gosto apurado e já nessa época uma ponta de desilusão pelo esporte que começava a ruir. Não foi raro ele dizer:

“Isso não é mais futebol!”

Eu já era um bom Rubro-Negro quando se iniciou a década de 70. Ainda tive o privilégio de ver excelentes times como o Internacional de Falcão e Carpegiani, a máquina tricolor de Rivelino e os últimos suspiros de Pelé, Tostão e Gerson, entre outros.

Acompanhei os claudicantes primeiros passos de Zico, Geraldo e demais membros da constelação de craques que se anunciava a vestir o Manto Sagrado. As primeiras vitórias, os primeiros títulos assim como o consequente crescimento de uma Nação que já era enorme.

Daí a História é conhecida de todos. O mundo tornou-se pequeno diante de nosso gigantismo e foi brilhantemente conquistado como nunca fora antes; nem depois. E ainda hoje textos são escritos narrando a elegância desta conquista.

Outros muitos títulos foram conquistados, mas com o passar dos anos eles foram rareando.

A qualidade do futebol piorava a cada minuto jogado, mas eu persistia, ainda vivia boas emoções. Não foram poucos os títulos: Cariocas em profusão, três Copas do Brasil e os dois últimos Brasileiros alimentavam meu vício, mesmo que esses títulos entremeados por apresentações medíocres (aqui no sentido real da palavra).

Eu vi todos eles ao vivo e a cores e ainda era feliz.

Assim segui acompanhando o Mais Querido mesmo a razão prevendo um futuro tempestuoso devido as diversas más administrações que se sucediam. Eu tinha a esperança de que algo maior poderia surgir do nada e virar o jogo em prol do meu Flamengo.

E à quase três anos uma corrente de Flamengos como eu conquistou o poder. Essa história também já é conhecida. Tornei-me Sócio Torcedor logo depois. A austeridade no controle financeiro foi a deixa para esperar dias melhores e ainda é a única esperança. Eu concordo.

Mas já não frequentava os estádios. Minha paciência havia se esgotado.

A qualidade tornara-se tão baixa que não via mais sentido em me deslocar altas horas da noite, sabendo que ia voltar mais tarde ainda para ver nada que me desse ao menos alento. Mesmo assim eu ainda vi in loco as últimas quatro partidas de nossa última conquista nacional em cima do Genérico do Paraná.

Depois disso, nunca mais pisei em um estádio. Nunca usufrui dos benefícios de ser Sócio Torcedor.

Passei a assistir aos jogos no conforto de meu lar, bebendo uma cerveja com amigos e filho ou as vezes só, largado no sofá da sala ou ainda no botequim da esquina com a galera.

Eu precisava de uma válvula de escape. Criei esse blog para juntar duas coisas que gosto muito, escrever e Flamengo.

Não me divertia tanto quanto. O prazer tornou-se aborrecimento mesmo nas vitórias que foram diminuindo.

E a mediocridade foi mais forte. Sem muito o que dizer, para não me tornar repetitivo deixei de postar.

É latente que o esforço da nova diretoria em manter as contas equilibradas e os salários em dia não está sendo correspondido por aqueles que o recebem.

Não posso acreditar que esses ditos profissionais treinem de terça a sábado, joguem no domingo e não consigam evoluir.

Com raríssimas exceções, é um tal de chutão pra frente, infindáveis cruzamentos sobre a área dos adversários sem nenhuma efetividade. Os incontáveis passes laterais, muitos para trás, sem objetividade...

Entra jogador novo, sai jogador velho e o cenário não muda. A mediocridade está instalada no Flamengo como um câncer incurável.

E olho para os lados, em busca de uma solução e vejo que os demais clubes brasileiros se encontram na mesma situação. Alguns um pouco melhor. Mas quando chega a hora “H” são derrotados por timecos de terceira da Bolívia, Paraguai, Equador, etc.

A gota d’água foi assistir ao último jogo. Estávamos diante da potência do nordeste do país, o portentoso Sport Recife, que não faz muito tempo chafurdava na 3ª divisão brasileira.

Foram quase 80% de lixo. As disputas acirradas faziam dos ditos profissionais assemelhar-se a gladiadores. Um festival de mau-caratismo traduzido em faltas absurdas. A bola, coitada, era chutada de um lado para o outro sem objetivo claro. Conquistar a vitória faz tempo, deixou de ser o objetivo principal. Agora destruir as jogadas do oponente e evitar a derrota é o objetivo. E como ninguém mais joga porranenhuma, não há apenas um em campo com mínima lucidez para mudar a história da partida, o jogo perde atratividade.

Saiu o 2º gol dos caras eu pedi a conta. Fui embora.

No dia seguinte vi que o empate havia sido conquistado. Eu fiquei imaginando como isso tinha sido possível. Até agora não sei e nem vi o vt para saber.

Não deixarei de ser Flamengo isso é impossível, mas deixar de fazer algumas coisas para ver isso que vocês erroneamente chamam de futebol eu não vou mais fazer.

O que conheço por futebol é algo muito diferente disso que está aí. Nem na Europa se joga o que se chama de bom futebol. O de lá só se sobressai porque o que se joga aqui é lixo.

Não faz muito tempo e pouco se falava de “Champions League”. O que tínhamos aqui superava e muito o que tinha lá. Hoje o de lá é a coqueluche.

Neguim fala do Campeonato Espanhol, do Alemão, etc. Campeonatos como esses têm aos montes por aqui. O mineiro, o gaúcho e outros mais com apenas dois times grandes disputando o título. Mas também temos o Brasileiro, o maior e mais disputado do mundo que hoje, diante da escassez técnica, tornou-se uma porcaria.

Sei que um timaço ainda não é possível. Sei que, se continuarmos nesta austeridade econômico-financeira esse dia chegará, tanto que não deixei de ser sócio torcedor. Eu acredito que honestidade e contas em dia são os insumos para se construir uma estrada sólida e longa, mas não posso me sujeitar a perder meu tempo vendo esse bando em campo.

Não posso gastar tempo e mais dinheiro, correr riscos e perder horas de sono para ter apenas 20% de prazer e no final do jogo esse prazer se traduzir em um empate mixuruca arrancado a fórceps em cima do pequenino Ixport usurpador de títulos.

Gol da Alemanha!

Não quero muito. Exigir? Nem pensar. Bastaria, como bom Rubro-Negro que sou, que esse bando honrasse o Manto. Eles são dos poucos no país que têm boa estrutura de treinamento e o principal, salário EM DIA. Deveriam comer grama nos treinos e grama e terra nos jogos e nos proporcionar melhores momentos do que estes que se atrevem a nos oferecer.

Saudações.


08 maio, 2015

E ACABOU!


Mulambada,

Enfim acabou a pré-temporada.

Não foi muito boa para nós como no ano anterior, mas deu para ver que se continuar assim passaremos mais um ano na mediocridade.

Mediocridade que, em se tratando de futebol brasileiro nela estar é um péssimo lugar para ficar.

Mas também é onde a maioria estará sendo assim, não correremos grandes riscos o que, levando-se em consideração os últimos anos, é uma tremenda evolução.

Nesta pré-temporada ganhou, na minha humilde opinião de que se não for o Flamengo qualquer um serve, quem mereceu. Não tinha o melhor time, mas um bom e em evolução técnico, uma rapaziada a fim de alguma coisa e um cão de guarda de respeito.

Durante a primeira fase do certame, claudicaram como todos, mas jogaram melhor os últimos e “importantes” jogos.

Foi justo?

Não acho. Porque se há uma justiça divina o vencedor deveria ser aquele mais bem administrado, sem atitudes antiesportivas e bla, bla, bla. Mas como o futebol é uma caixinha de surpresas, precisou a volta de pessoas não muito afeitas ao esporte jogado no campo e sob regras claras, para que após 12 anos de surras homéricas levarem uma tacinha para ajudar a diminuir o eco que soa em sua sala de troféus.

Se dentro de campo foi uma chatice, fora dele foi vergonhosamente movimentado. Era um tal de punir quem falava mal de uns, de punir quem defendia o cumprimento de contratos firmados, de punir quem defendia uma melhor distribuição financeira, etc.

Eram como crianças, filhinhos de mamãe, fracas que sem capacidade de se defender civilizadamente recorrem à violação de direitos ou a violência para fazê-lo.

Direitos constituídos há muito na Constituição Nacional foram usurpados sob as barbas de muitos e estes nada fizeram para manter a ordem. O Carioqueta mais parecia uma republiqueta sem vergonha da América do Sul, Central, África ou adjacências do que uma instituição séria a ser respeitada.

E ninguém foi ao menos cutucado pelos órgãos do Direito. Por muito menos esses mesos órgãos aparecem para dar pitaco onde não devem; ilustrando o cenário de incoerências em que vivemos.

Nos campos a chatice, vez ou outra, era quebrada pela violência e conivência daqueles que deveriam puni-la no ato. A arbitragem uma vergonha que por seus “atos” perdia seu respeito tornando-se alvo cada vez mais fácil e fraco dos animais fantasiados de jogadores.

A proliferação de botinudos é cada vez maior o que torna o futuro do esporte incerto. Há muito que futebol é o que menos se joga nos campos do país, muito menos aqui em terras Cariocas.

A crise é tanta que outro dia, em uma escola me estarreci ao ver e ouvir um garoto com seus 12 anos cantando e gesticulando efusivamente uma musica que pela letra tinha provável origem em uma torcida organizada, que dizia algo como:

“Vai pitbull, vai pra cima ...”

Ou seja, não se exalta bons jogadores, craques de bola nem pensar, agora são os raçudos, os xerifões e seus pares que são os bambambans.

Não é a toa que tomamos de 7 x 1 e depois 3 x 0, que no agregado (palavra da moda) formam o trágico 10 x 1.

E ... gol da Alemanha!

Quanto a nós, Flamengos, apesar do excelente trabalho que os Azuis vêm fazendo fora das quatro linhas, no quesito contratações a coisa está meio devagar. Mas a culpa não é só deles. Faz tempo que estamos precisando de reforços. Pontuais, concordo, mas com a escassez de gente que trate a bola com o mínimo de decência, fica complicado contratar com qualidade.

Prejudica essa ação a ainda falta de dinheiro. Baseado nisso, tudo indica que, mesmo estando na mediocridade ainda cortaremos um belo dobrado esse ano.

Espero sinceramente estar errado, mas ...

Se formos seguir os passos do nosso time de botões o futuro é promissor.



E ... gol da Alemanha!

Que venha o Brasileirão e seja o que Deus e São Judas Tadeu desejarem.

Saudações!


05 março, 2015

MERECIDO?


Mulambada,

Faz mais de um século que homens como Vavá, Rubens, Perácio, Dida, Reyes, Doval, Rondinelli, Zico, Junior, Andrade, Adílio, Petkovic, e poucos outros nos enchem de orgulho com sua técnica e/ou raça.

Seu amor que escorre em forma de suor e lágrimas é o combustível que transforma uma simples camisa preta e vermelha no Manto Sagrado, que muitas vezes carregou nas costas pernas de pau sem futuro fazendo os mover céus, terras e mares em prol de nossas incontáveis conquistas.

Vestir o Manto Sagrado não é uma ação corriqueira para qualquer sem vergonha que trança as pernas ao tentar conduzir uma bola de futebol. Não só bola de futebol como também bolas e/ou ferramentas de outros esportes com os quais o Maior de Todos enche sua imensa galeria de troféus.

É claro que vemos quase que onipresentemente Mulambos muito bem vestidos pelos quatro cantos do universo e isso mostra o quão imenso é nosso invejado, mas nunca igualado Flamengo.

O que falar desses iluminados?

Nada!

Mas daqueles que, independente de motivo, amador ou profissional, resolvem fazer vida deste ato, poucos o fizeram com humildade e honradez.

Poucos o fizeram de fato.

E Léo Moura foi um deles. Nunca foi unanimidade no que diz respeito a técnica, mas não se pode negar que entre os altos e baixos de suas performances o saldo é positivo. É claro que o momento de escassez técnica ajudou bastante e Léo Moura foi dos poucos a tornar-se síntese do velho ditado que diz:

“Em terra de cego quem tem olho é Rei!”

Fator importante nas diversas conquistas desses últimos 10 anos, não podemos esquecer que Léo também esteve presente nos piores momentos de nossa História. E não há dúvidas de que sua presença foi crucial para que esses momentos não fossem piores.

Foram diversos Carioquetas, duas Copas do Brasil, um Brasileiro e várias outras tacinhas de menor expressão. Assim como duas eliminações vexaminosas da Liberta e duas quase quedas para a Divisão dos Impuros.

Mas não foi só (?) isso que o fez merecer a deferência de um jogo de despedida. Outros melhores e mais bem sucedidos em títulos não o tiveram.

Sua identificação com a Nação foi grande, mas outros também se identificaram e até mais.

Portanto, mesmo considerando todos os prós de sua belíssima carreira defendendo o Mais Querido, não consigo ver o motivo desta deferência. Talvez os dez anos ininterruptos o que hoje em dia é raríssimo, seja a razão; não sei...

Pouco importa então, pois em época de escassez de futebol e ídolos não há outro melhor que Léo Moura para vestir esse papel.

Portanto, isso o faz merecedor de todas as homenagens.

Obrigado e vida longa ao Capitão!


Saudações!


05 fevereiro, 2015

E COMEÇOU?




Mulambada ,

Enfim começou!

Sim, começou e como acontece há muitos anos, não empolgou.

Depois de dois anos de contenções e consequente participações medíocres nos certames 2015 começou mais tranquilo e promissor. A diretoria cocou o bolso e anda soltando uns capilés a mais e com isso andou comprando coisa melhor que antes. Deixamos de fazer compras no Saara e Já a estamos frequentando algumas lojas de departamentos.

Se bem que o nível das contratações anteriores era tão baixo que qualquer seiláquenzinho com um mínimo de futebol Já séria uma boa evolução nas compras.

Anotem, isso não é uma crítica a diretoria. Mantenho meu apoio incondicional aos azuis pelo simples fato de estarem sendo fieis com suas ideias de limpar a lambança deixada pelos precedentes incompetentes. Mesmo tendo vacilado em alguns pontos, seu desempenho tem sido infinitamente superior não só a de seus vários antecessores como também ao de vários de seus colegas de outras agremiações. O resultado disso Já é visto na credibilidade alcançada pelo Nome Flamengo e no crescimento de valor que o Manto Sagrado obteve nos últimos dois anos, tornando-se a mais valiosa camisa em terras tupiniquins.

A crítica sobra para a qualidade de nosso futebol que, depois da tunda de 7, anda mais xoxo do que salada de chuchu com jiló. Sendo assim, não podemos  nos queixar desse Inicio de temporada, foram dois empates e três vitórias. Estamos invictos!

Mas não é para se vangloriar, pois entre os resultados vencemos um eterno freguês com time de segunda e outro que não merece muitos comentários. Tá certo que nesse ínterim Já rolou uma tacinha para encher mais ainda nossa imensa e abarrotada galeria de troféus e isso faz muito bem ao ego.

Fazer o que?

E já foram duas rodadas do "MAGAVILHOSO" carioqueta. Não vou nem citar as ações de nossa Federação e demais membros da enturrage, muito menos a absurda invasão ao vestiário do adversário la na belíssima Macaé. Independente de quem invadiu isso é coisa de bandido e lugar de bandido é na cadeia e não em estádio de futebol.

Ao Contrário de muitos que não têm coragem de tirar o bode da sala, eu não tenho nada contra as torcidas organizadas. São elas que costuram os lindos bandeirões, que animam as partidas, inventam os gritos e cânticos de incentivo, constroem os mosaicos e dão espetáculo com suas coreografias e bandeiras. Sem elas as tardes de futebol seriam uma porcaria como são os jogos da seleção brasileira. Neles a falta de criatividade é enorme tanto que há anos é a mesma musiquinha ridícula:

"Eu sou brasileiro ..."

Puta Que pariu! Que merda!

Da até vergonha alheia.

Sou contra os irresponsáveis que deixam bandidos se infiltrarem e permanecerem nas torcidas organizadas. Existe a polícia, a justiça e todo um aparato para identificação dos maus elementos, mas ninguém vai pra cadeia, aí não há como resolver a questão.

Simples assim!

Mas voltemos ao futebol, ou o que resta dele, que é o que interessa.

Foram cinco jogos que mostraram que temos um time superior aos dos anos anteriores. Não é nada de mais, mas já é bom o suficiente para mantermos nossa hegemonia regional. Claro que no futebol não há vencedores de antecedência, mas que vai ser difícil não levar mais esse caneco pra Gávea vai.

Vão ter de tirar muito sangue das cabeças de nossos "craques".

A receita é de bolo e já estamos carecas de saber que, nos treinos tem que esquecer o chinelinho, em campo é só manter o sapato rasteiro e em qualquer lugar não pode tripudiar dos pretensos adversários.

Pode deixar que sacanear os frequentes das divisões inferiores e a Arco-Íris invejosa, fétida e mal vestida é o papel da Nação . Clássico papel que sabemos desempenhar muito bem. Se houvesse hum Oscar para isso, todo ano seria a mesma coisa:

"The Winer is . . . a Mulambada Bem vestida! "

Aguardemos então as próximas rodadas ...

Saudações!


14 dezembro, 2014

PAIXÃO X INTELIGÊNCIA


Mulambada,

Faz tempo que não dou as caras, mas vocês vão concordar que esse ano de 2014 não havia muito o que fazer por aqui. Aliás, faz alguns anos que tem sido assim. Com exceção das Conquistas do Basquete, do hexa em 2009 e da Copa do Brasil de 2013 nada que aconteceu foi digno de grandes comentários. Nem mesmo os vários cansativos carioquetas que nos mantém hegemônicos no estado mais bonito do Brasil. Muito pouco valeu a pena perder tempo mal traçando linhas por aqui.

É claro que estou falando de nós, Flamengos dos quatro costados afinal, nossa natureza é sermos felizes. Nascemos para isso e nossa vasta história ratifica esse dogma. Ser feliz e ser Flamengo são o melhor exemplo de simbiose e redundância que se possa dar. Seja pelos inúmeros títulos ou apenas pela própria existência cuja modéstia impõe a natural arrogância que trazemos no coração.

Sim os tempos têm sido ruins para nós, mas para os peles componentes da maior torcida do mundo, a Arco-Íris invejosa, fétida e mal vestida, o ano foi de emoções. E que emoções.

A começar pela nossa medíocre performance que os fazia repetir como se mantra fosse:

“Esse ano cai!”

Foram rodadas e mais rodadas, em que eles se alimentavam da nossa incompetência técnica e profissional e que estivemos ali rondando a zona dos impuros, para deleite dos indignos. Em cada esquina, bar ou ermo da cidade o assunto era o mesmo; a tão desejada queda do Maior de Todos.

Eles riam, muitos gargalhavam e bostejavam pérolas como:

“Se o Flamengo cair vou ficar feliz, mesmo se meu time cair também!”

“Prefiro ver o Flamengo rebaixado do que meu time campeão!”

Etc.

Nenhuma novidade afinal para esses buchas, cujos times não almejam muito a cada temporada, torcer contra é mais gostoso. Ou a única opção para um pouco de felicidade.

E o ano foi passando, a natural conquista do carioqueta já nada havia acrescentado, restava o cada vez mais distante hepta e/ou o Bi da Copa do Brasil.

No primeiro rastejávamos pelos gramados e vivíamos a rondar a zona dos impuros.

Durante o ano entraram e saíram jogadores e técnicos e o comportamento do time permanecia o mesmo. Sabia-se que não poderíamos esperar muito de nossos come-dormes. Eram latentes suas limitações técnicas que em alguns se agravava pela idade avançada. Mas o que eu não entendia é que como jogadores ditos profissionais, com os vencimentos em dia e rodeados de boa estrutura tinham desempenho tão pífio? Um grupo cuja atitude desprezível os fazia ser sacaneados pelos quatro cantos do país sem reação. Um mínimo de amor próprio traria resultados menos ruins.

A política de saneamento das dívidas e recuperação da saúde financeira do Mais Querido, que tem sido o norte da atual administração é o motivo da escassez financeira que nos impões esse bando a vestir o Manto Sagrado. Mas mesmo com os altos e baixos sou fiel defensor dessa ideia e consigo deixar a paixão de lado em prol da certeza de que em breve seremos uma potência esportiva mundial.

Sei que não sou o único a pensar desta forma e quem viver verá.

Mas para isso, é necessário que, ao contrário do país que trilha caminhos tortos permeados de enormes poças de lama e corrupção, continuemos a seguir nossas trilhas tendo a austeridade como principal pilar desta e das futuras administrações.

Não há outra opção a não ser a parcimônia para não sermos mais um dentre os milhões que vivem na sujeira sócio política e econômica neste país.

Mesmo assim, diante da mediocridade que se encontra nosso outrora melhor do mundo futebol brasileiro isso não era para nos deixar tão baixo.

Veio o profexô que com aquela história de sair da zona da confusão enxertou poucas doses de vergonha na cara dos come-dorme e sem muita dificuldade subimos a níveis menos poluídos.

Passamos a vencer os bichos-papões e continuamos a perder pontos preciosos para os pequeninos. Coisas de Flamengo.

Na Copa do Brasil, mantínhamos as esperanças da Nação até que o Exúdocorpomole novamente encarnou nos come-dorme e levamos uma tunda de um eterno freguês.

Vida que segue.

E 2014 se mostrou único para todos ratificando o fato de o Flamengo ser o fiel da balança esportiva do país. O trem pagador que carrega nos ombros muitas das demais agremiações ao lotar os estádios mesmo não estando bem. Aquele que mexe com os corações de quase 100% dos torcedores do país. Enquanto 40% bate de felicidade, 60% enfarta de tristeza e vasco-versa.

2014 provou que o Sr. Paulo Roberto Costa (Operação Lava Jato) não estava errado ao dizer que a corrupção está em todo o país, pois foi contundente ao mostrar que também nos esportes a sujeira esteve escondida sob os tapetes das glórias conquistadas em várias modalidades.

Grande novidade!

2014 foi sarcasticamente irônico ao fazer ressurgir dos mortos uns seilaquenzinhos que julgávamos muito bem enterrados e inofensivos; fazendo-nos crer que o futuro vai ser complicado.

E 2014 está chegando ao fim sem nenhuma novidade para todos, perdemos mais uma Copa do Mundo, dessa vez de maneira vexaminosa, temos mais um médio carioca na 2ª divisão e o Flamengo, gigante que é, para desespero dos infiéis, não caiu.

Feliz Natal e que venha 2015, repleto de boas novas para nós Flamengos.


Saudações.

20 setembro, 2014

E NÃO É QUE MUDOU?


Mulambada,

Saudades deste pequeno espaço.

Não, não foi porque o Flamengo descia a ladeira, longe disso, escrever é uma das coisas que me agradam bastante ainda mais sobre o Mais Querido, mas as tarefas de criação de uma nova empresa estão tomando todo meu tempo e fico sem poder dar as caras por aqui.

É verdade que o Maior de Todos andou rateando feio e como vem fazendo entra ano sai ano, para deleite da arco-íris fétida e mal vestida, inicia o maior e mais equilibrado certame mundial passeando pela zona dos impuros. Chega a ser irritante essa postura de time pequeno que nos assola com frequência. Deve ser o efeito osmose devido as más companhias que nos cercam regionalmente.

Entretanto, quebrando o paradigma de “diga-me com quem andas que te direi quem és” para desespero da mesma arco-íris fétida e mal vestida, os impuros, time grande não cai e ponto, final.

Com a chegada do polêmico Luxa, iniciamos uma sequência de vitórias com goleadas de 1 x 0. Sequencia providencialmente quebrada com duas derrotas seguidas contra o Grêmio e o Goiás.

Providencialmente por que os come-dorme la da Gávea já estavam se achando e a Nação que não economiza em otimismo já estava começando a pensar na Liberta de 2015. O Luxa deve ter dado um tremendo puxão de orelha nos perna de pau que, cientes de sua inconteste falta de técnica, caíram na real e reencontraram o caminho dos bons (?) resultados.

Nesse meio tempo tivemos agradáveis surpresas, o renascimento do pequenino Everton e do grande Walace que segura nossa defesa como gente grande e seus companheiros de miolo não tem deixado a Nação sentir muito a falta do Samir. Mas o Marcelo andou dando umas bobeados e o Luxa não teve opção a não ser ressuscitar o Chicão.

Os outros continuam na mesma, não fedem nem cheiram, mas estão correndo mais que antes e no futebol de hoje correr é 90% de garantia de sucesso(?).

Você não acredita?

Ora meu caro Mulambo, o que o Everton sabe fazer de melhor?

Sim, correr.

Quem tem sido peça fundamental no esquema do Luxa?

Sim, o Carceres, que resolvemos idolatrar, pois mesmo sendo um tremendo perna de pau, com sua energia e raça se tornou o ponto de equilíbrio e consequente segurança do nosso meio de campo. É o famoso 2 em 1, joga dois jogos e para um. Todo o jogo leva pra casa de presente um cartão amarelo.

Sou do tempo em que a peça fundamental do Mengão era o Zico, mas o futebol brasileiro está tão ruim que eu arriscaria a dizer que os acima citados até poderiam almejar vaga na Seleção que não iam fazer feio. O problema é estando lá pegar a doença que o Juan e o Leo Moura pegaram. Enfermidade que tira a técnica do doente que passa a ser lembrado pelo passado e os raros momentos de lucidez que atualmente permeiam suas vidas nos campos.

É o que eu sempre falei, o time é muito ruim, mas não é o único, tem por aí muitos e piores é só correr um pouquinho que podemos ir mais longe, principalmente na Copa do Brasil.

Amanhã temos as Flores pela frente, muito cuidado que elas estão todas assanhadas. Ultimamente andaram levando umas palmadas bem dadas. Como toda aborrescente costumam se revoltar nesses momentos e o Mengão como líder nato e inconteste do terreiro deve mantê-las em seu devido lugar da casa, o terceiro quarto.

Saudações.


29 julho, 2014

MELHOR DO QUE ESTAVA ...


Mulambada,

Confesso que gostei, mas também, diante do que estava acontecendo uma vitória, mesmo que magra (1 x 0) contra a turma lá do Engenhão mal  construído, não vale muita coisa ainda mais sabendo que as coisas por lá estão pretíssimas; ao ponto do Presidente ir a Brasília passar a sacolinha.

São 5 meses de direitos de imagens atrasados e dois meses sem ver a cor do cacau. Os caras já são meio fracos, sem grana pra comprar arroz e feijão, vira molezinha.

E mesmo sendo molezinha o Flamengo roeu um osso pra ganhar a pelada. Mesmo com a boa presença da parte da Nação que deu o seu recado como sempre.

Ô timinho ruim daporra esse nosso!

A presença da Nação deve-se muito por conta dos baixos preços dos ingressos. Ao contrário do que pensam, sou daqueles que acham que o preço do jogos deve ser suficiente para ajudar a manter sua qualidade, ou seja, quanto melhor e mais importante a peleja, mais caro deve ser o seu ingresso. Foi assim na recém findada Copa do Mundo, os ingressos eram caros na origem, ficaram mais caros nas mãos dos cambistas e mais caros ainda nas mãos da quadrilha contratada para vende-los. Conheço neguim que pagou mais de R$ 10.000,00 para ver um jogo, mas não conheço ninguém que não tenha saído satisfeito. Com exceção, lógico, aos incautos que pagaram pra ver os jogos do Brasil. Pobres coitados ludibriados pela mídia.

Hehehe!!!

Entretanto, o que estava acontecendo nos jogos do Maior de Todos era uma disparidade absurda, pois a qualidade do espetáculo estava muito aquém do que estavam cobrando.

Quanto a pelada de ontem, estava gostando da estreia do Marcelo, o zagueiro vindo lá do interior, mas não é que no final ele quase caga no pau! Deu uma de Erazo, mas ainda bem que foi só o susto.

O melhor de tudo foi saber que mesmo com João Paulo não senti falta do tal de André Santos. Isso comprovado, podem botar o cara pra correr.

Não vou tecer comentários sobre a contratação do Luxa, não acho ele ruim, apenas acho presunçoso, um pouco defasado e caro, mas não existe nada muito melhor disponível por aí.

Ele diz que é Flamengo, isso deve valer alguma coisa.

Considerando o cenário futebolístico nacional, foi uma apresentação decente, os caras correram como homis e conseguiram arrancar uma vitória, a segunda no certame. É isso que a Nação deseja, que joguem com vontade de ganhar mesmo sendo ruins de bola como são, está provado que é possível fazer melhor do que estavam fazendo.

Mas não estou tranquilo, mesmo sabendo que time grande não cai, precisamos mais do que foi apresentado para que nossos corações voltem a bater normalmente.

Que venham mais jogos e rezemos para não ser mais um fogo de palha.

Saudações.

21 julho, 2014

OS TRÊS PATETAS


Mulambada,

Chega uma hora que fica muito difícil comentar alguns assuntos. No que diz respeito ao que tange este humilde espaço falta-me vocabulário para deixar de ser repetitivo. Essa é a explicação para não vir aqui com a frequência de antes.

Ultimamente o Flamengo anda te deixando muito puto, não quero ser mais um a fazê-lo.

É fato que juntando os come-dorme lá no Ninho do Urubu, pouco sobra para montar um time descente, mas há nesse bando, que como poucos recebe bem e em dia e quase nada fazem para corresponder a isto, uns que me deixam bastante atarantado.

Se não estou errado esta última foi a terceira pré-temporada do ano, está certo que com o 3º técnico diferente, mas não entendo como esses zéruelas não conseguem fazer o mínimo que sua profissão exige.

Parece que eles não se conhecem, não conhecem as regras, não conhecem o campo e muito menos a bola. Andam perdidos pelos gramados do país como idiotas a pagar micos e orangotangos de fazer inveja aos Três Patetas.

Mas isso tudo, apesar de não ser o desejável, não é o pior. Provavelmente eles foram encorajados a insistir na atividade por não terem opção melhor. Talvez a falta de uma escola por perto que lhes provesse algum conhecimento e nos livrasse de vê-los vestindo o Manto.

Eles poderiam ser o que quisessem menos jogadores de futebol. Os anos vêm mostrando que essa foi a pior das escolhas do leque de opções profissionais deste país oferece. André Santos poderia ser um bom veterinário, Leo Moura um bem sucedido dono de padaria, Felipe teria uma mercearia e Chicão seria um bom advogado, etc.

E nós seríamos felizes representantes da Nação.

Mas este está longe de ser o problema. O maior problema é a falta de noção ou até de vergonha. Por muito menos eu deixaria de mostrar a minha na rua. Esses peles não tem semancol. Como é possível não verem a realidade dos fatos? Como é possível não verem que estão nos envergonhando, somos mais de 40 milhões sendo ridicularizados após cada infame apresentação dessa turma? Mas se eles estão cagando e andando para os 40 milhões e nem se mexem para tentar mudar o quadro, fazer o que? O que me espanta mesmo é não verem o que estão fazendo com seus filhos, mulheres e demais familiares.

Para eles não é difícil, é só entrar no carrão importado com vidro escuro, ir para o treino, do treino para a mansão e tudo bem. Mas fico imaginando as crianças sendo sacaneadas todas as segundas feiras pelos coleguinhas na escola. Elas devem chegar em casa questionando o motivo disso estar acontecendo e sendo inocentes são facilmente ludibriadas. Mas o dia seguinte chega e o ato de ir para a escola vai ficando cada vez mais difícil.

Essa situação já deixou de ser problema de Flamengo e sua Nação e passou a ser problema de hombridade de caráter.

Eles precisam ver que estão fazendo tudo errado desde a juventude e devem ter a humildade de assumir seu erro. Já têm grana suficiente e já passou da hora para investir em outra profissão e assim deixar nossa paciência e os combalidos cofres do Maior de Todos em paz.


Saudações.

14 julho, 2014

ENFIM VAI COMEÇAR...


Mulambada,

Estive ausente por muitas rodadas e essa ausência é plenamente justificada. Não aguentava mais ver um bando de come-dorme desfilando preguiça em campo, não aguentava mais tanta falta de jogadas, não aguentava mais ver chutões a ermo e sem utilidade, não aguentava mais não ver um meio de campo, não aguentava mais ver dois laterais ineficientes, não aguentava mais bolas alçadas sobre a área do adversário sem efetividade, não aguentava mais tantos passes errados, não aguentava mais um ataque que não fazia gols; resumindo, não aguentava mais não ver futebol.

E resolvi tirar férias disso tudo, pois nem a paixão pelo Maior de Todos foi suficiente para aguentar as últimas rodadas. Confesso que nesse interim pensei em abandonar a porratoda e iniciar um processo de repressão de meus sentimentos ao Flamengo. A intenção era deixa-lo em banho-maria por uns tempos para ver se tomava tenência e se aprumava de vez e assim voltar ao menos a ser um bom competidor e ter trajetória normal nos certames de maior importância.

Mas não deu!

Existe uma força maior que me empurra e me faz não só acompanhar como torcer fervorosamente pelo Mais Querido. Segui-lo mesmo que de soslaio e/ou nas piores situações não é sacrifício nenhum. Não é atoa que quase que diariamente visto Vermelho e Preto nem que na simples tarefa de levar Boris, meu fiel cão, para esvaziar.

Chova ou faça sol, antes ou depois de uma vitória ou derrota, lá estou na rua, na praia ou sei lá onde, muito bem vestido com o Manto Sagrado.

Fui ver a Copa das Copas.

Como poucos de vocês, gosto muito de futebol e vi nesta recém findada Copa do Mundo uma boa oportunidade para revê-lo em toda a sua magnitude, sob os pés mágicos de vários consagrados craques, como também gratas surpresas.

Vi surgir excelentes goleiros o que mostra o quão ofensivas foram as partidas.

Na fase de grupos onde os riscos são menores e a lógica costuma prevalecer eu vi uma Holanda magnífica dar um sacode memorável na então campeã assim como minha favorita, a Alemanha, aplicar uma sova na seleção do então recém eleito melhor do planeta. Vi uma Costa Rica sair do ostracismo para ser a primeira colocada do chamado Grupo da Morte. Vi chegarem as Oitavas uma simpática e eficaz Colômbia, duas africanas agora de respeito, uma Suíça corajosa e uma recém formada Bélgica; assim como ví alijadas desta fase seleções consagradas como Inglaterra, Itália e as já mencionadas Espanha e Portugal.

Vi o Brasil passar aos trancos e barrancos “evoluindo” com seu já manjado futebol no estilo europeu dos anos 70 e 80, tendo como principais atributos, para sofrimento daqueles que fizeram história, baixar a porrada e os chutões para frente.

Nas oitavas a qualidade do jogo caiu. Usando o lugar comum, o medo de perder fez sucumbir a vontade de vencer e muitos jogos foram decididos com raros gols nos minutos finais, na prorrogação ou pênaltis. Apesar disso, alguns, foram bem disputados como Alemanha e Argélia, França e Nigéria e Bélgica e Estados Unidos.

Os poucos gols, prorrogações e decisões por pênaltis também foram a tônica das Quartas e assim seriam nas Semi não fosse o sacode que levamos da Alemanha. Não vou tecer comentários sobre o vexaminoso massacre, muitos já o fizeram na época e pouco mais há a acrescentar.

O pouco que tenho a dizer é que o jogo me fez entender como seria uma partida entre o Flamengo da década de 80 contra o Flamengo atual.

Um time vestindo e honrando o Manto nº 1 com jogadores como Raul ou Zé Carlos; Leandro ou Jorginho, Marinho e Mozer ou Leandro e Edinho; Junior ou Leonardo; Andrade, Adílio e Zico ou Andrade, Ailton, Zinho; Nunes e Lico ou Bebeto e Renato Gaucho

O outro? Ora o outro seria esse bando que vemos desonrar o Manto faz tempo.

Mesmo sendo o primeiro jogo em que os Alemães vestiram o Manto Sagrado, não foi por isso ou desde então que passei a torcer por eles. Já vinha fazendo isso desde o início e provo com meu texto escrito em 28 de maio de 2014, veja em:


Trata-se de um longo e esclarecedor texto que mostra o motivo para esse ato, que os menos atentos chamam de traição à Pátria.

Hehehe! Só rindo desses pobres coitados.

Mas foi vendo o desfilar do Manto Sagrado alemão que bateu uma imensa saudade do original.

Veio a “honrosa” decisão de 3º e 4º lugares e novo vexame.

A Holanda que desde 1974 vem apresentando boas equipes, obtendo excelentes resultados e que para mim deveria ser uma das finalistas, aplicou-nos um sonoro 3 x 0.

Seus jogadores cansados devido as batalhas anteriores. Jogaram economizando forças e conseguiram seus gols nas 3 ou 4 vezes em que aumentaram o ritmo de seu jogo. Não precisava mais do que isso.

Aqui também não vou tecer comentários, pois muitos já o fizeram e pouco mais há a acrescentar.

Veio a final e para sorte dos “New Patriots” a Alemanha saiu vencedora e conquistou com sobras a Copa das Copas. Imaginem se a campeão fosse a Argentina?

Durante esses dias, as poucas notícias que chegavam informavam que havíamos feito contratações. Não sei quantos, seus nomes, suas origens e atributos, mas ouvi dizer que entre eles há um tal de Canteros meio campo de origem, acho que, paraguaya. Com exceção a Romerito e com muita boa vontade Reyjes não lembro na história do futebol deste belo país outro meio de campo oriundo do país da pirataria cuja técnica tenha validado esta contratação. Mas como bem disse o filósofo: “Não há como explicar o inexplicável.”; quem sabe não estou redondamente enganado e como fez com o mediano time da Alemanha o Manto Sagrado não transforme esse rapaz em craque de bola?

Considerando que para nós as 9 primeiras rodadas não valeram de porranenhuma, enfim vai começar o Campeonato Brasileiro, então resta-nos aguardar a próxima quarta feira para ver se com esse mês de pré-pré-temporada alguma coisa mudou.

Saudações!


11 maio, 2014

15 MINUTOS DE ATITUDE


Mulambada,

É como disse antes, nosso elenco já é ruim quando está com o departamento médico vazio, com ele cheio fica muito complicado.

Nosso homem gol é de dar pena. Corre pouco e quando o faz é de uma improdutividade cavalar. Está mais que provado que ele é um jogador de quinze minutos. Quinze minutos são suficientes para ele, mais do que isso é insano mantê-lo em campo. Detalhe, têm que ser os 15 minutos finais, quando todos já estão cansados.

Outros dignos de pena são nossos laterais, ditos titulares. O da esquerda se arrasta e o da direita, se não está nas pontas dos cascos é inútil. Só que para ele estar nas pontas dos cascos hoje em dia...

Ambos nos cansam com a mesma jogadinha sem vergonha. Chegam ali na região lateral da intermediária do inimigo e alçam chuveirinhos despretensiosos e sem nenhum efeito prático. Linha de fundo para eles é jogada rara em seus já escassos cardápios técnicos.

O elenco é ruim e cheio de jogadores de quinze minutos. Com isso nas mãos nenhum técnico, por melhor que seja, consegue algo mais do que estamos vendo.

Hoje entrou mais um que veio do Paraná. Pode ser que vingue, mas diante do histórico, acho difícil.

Não se trata nem de atitude. Essa palavra que os Gatos Mestres adoram utilizar, mas não definem qual tipo é.

Você poderia dizer que a atitude de nosso time é uma atitude ruim, que eles não se esforçam, etc., mas não é bem assim. Os come dorme do Flamengo até correm, marcam, se entregam e suam o Manto em uma atitude positiva, entretanto isso só não resolve nosso problema. É preciso jogar o mínimo de futebol, é preciso que nossos craques de 15 minutos joguem ao menos 60 e que não o façam apenas em uma partida por ano e sim em várias.

Precisamos de técnica consistente e não esporádica.

O jogador de 15 minutos de hoje foi o Lucas Mugni que jogou bem os 15 minutos do jogo anterior. Neste jogo virou titular e nada fez. Isso já aconteceu com o Adryan, Nixon, Muralha, Negueba, Matheus, ops! Matheus não, esse jogou nada sempre.

Ok! São garotos, oscilar é normal, mas pqp vai oscilar assim nas divisões de base.

Qual será o jogador de 15 minutos do próximo jogo?

O jogo de hoje só valeu pela belíssima homenagem aos nossos jogadores negros de todos os tempos. Bateu muitas saudades.

No mais, tivemos mais posse de bola, mas não sabíamos o que fazer com ela. Os Flores não fizeram nada o tempo todo, foram lá na nossa cozinha apenas duas vezes, duaszinhas só e meteram dois.

O primeiro porque nosso goleiro em vez de jogar futebol ficou de empurra-empurra com o zé mané de lá e o segundo, ora! O segundo foi sacanagem de todo o time. Como pode deixar um gordinho caído levar vantagem em uma jogada daquelas?

Salvou-se apenas o miolo da zaga, principalmente o jovem Samir que se continuar assim será mais um a compor a vasta galeria de Zagueiros nascidos e criados na Gávea. Cárceres é ruim, mas tem produzido algo satisfatório. O resto, pode jogar fora.

Meus caros Mulambos, juntar escassez de qualidade com muitos jogadores de 15 minutos é o cenário perfeito para mais um ano de provações.

Como bem cantava nosso ilustre, querido e já saudoso Jair Rodrigues:

“Preparem seus corações...”

Saudações.